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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Férias do blog

            A partir de hoje, segunda-feira, 21 de dezembro de 2015, entramos de férias e retornaremos depois de um mês. Após o recesso, prosseguiremos publicando a minha produção, como também, as noites de autógrafos de livros, seja de crônicas, poemas, contos, ensaios, artigos, de matérias, de projetos culturais de amigos e simpatizantes do blog. Sempre priorizando a literatura de qualidade, pelo estilo, pela criatividade e pela originalidade dos escritores que estão fora dos grandes centros urbanos, dos modismos passageiros, fúteis e interesses escusos do mercado editorial tradicional refletindo e, principalmente, incentivando o que há de mais significativo na área.             Possibilitando, também, agregar valor de produto ao livro impresso, de respeito aos literatos, gradativamente, criando uma identidade cultural no meio, incentivando a criação de projetos de formação de público leitor que consuma e leia as boas literaturas de Presidente Prudente, d

Qualificação cultural e profissional define o projeto Transversalidades

Através de oficinas de artesanato e literatura, Transversalidades,  atende a jovens e idosos em cidades carentes da região centro-oeste      O projeto Transversalidades visa investir na qualificação do repertório artístico, cultural e empreendedor de crianças, adolescentes, jovens e idosos, residentes em Águas Lindas-GO, Estrutural-DF e Ceilândia-DF, promovendo uma relação intergeracional e valorizando a arte/cultura como alternativa para mudança positiva dessas cidades.      A proposta reproduz o conhecimento por meio de oficinas de artesanato e literatura, valorizando o protagonismo da educação popular e dos saberes dos idosos. As comunidades de Águas Lindas, Estrutural e Ceilândia recebem ainda atividades em espaços solidários e democráticos, muitas vezes ociosos e subutilizados. Transversalidades pretende promover qualidade de vida de crianças/jovens e valorizar a promoção da saúde de idosos.      Nos encontros, há debates literários, falan

Totó

            Um bicho que anda de quatro, a língua de fora, aos pulos, sobe na árvore com a agilidade do mico. No fundo do quintal, arrasta a coleira pelo chão. Cabeça bem pequena, nariz purpurino, um guincho selvagem. Mesmo arredio, resiste a cortar unha ou pelos. Tanto crescem as unhas, como gato ligeiro segurando um pedaço de carne. A mãe é chamada que lhe amarra no gancho do pilar da área de serviços. Depois, apara as unhas e rapa os pelos do seu peito e do dorso. Dona Valquíria enche o seu prato. Ele espalha a comida no chão, fervilhando de formiga marrom avermelhada. Estala algumas nos dois caninos risonhos sobressaindo a gengiva vermelha.             Ao calor das três da tarde, dormia os vizinhos sob o zumbido das moscas. Totó corre de um lado para outro, toda a língua de fora. Chama a pombinha que procura pipocas no terreno. Nem pisca os olhos, pois são semicerrados, a flor de espuma no canto da boca. Imita os saltos do sapo barrigudo. Numa noite de lua c

Voragem

            De tanto emergir evaporei-me. Como mergulhador, sondei-me e deixei-me submergir e vivo pensando se sou profundo ou raso. Um sopro de vida no olhar mostra o claro enigma da pegomancia no abismo refletido no espelho d´água a minha face contempla o calabouço. Nunca me realizei como Caio Pego fitando o céu.             Não trabalhava como alguém que trabalha para viver, trabalhava como alguém que nada mais quer se não trabalhar, porque como ser vivente não se dava nenhum valor, só desejando ser considerado como criador, vagueando, de resto, em cinza e sem ser notado, como um ator sem sua maquilagem, que nada é enquanto não tem o que representar. Trabalhava silenciosamente, recolhido, invisível e cheio de desprezo pelos pequenos para os quais o trabalho era um enfeite sociável, os quais, fossem pobres ou ricos, se exibiam selvagens e rotos ou luxavam com gravatas pessoais, que em primeira linha intencionavam ser felizes, gentis e levar uma vida artístic

Rompendo o rito e o tabu

Apesar da propagação milenar da demonização do sexo, os instintos de Eros se manifestam             Uma poesia que retoma a tradição provocativa, ousada e anárquica de Pier Paolo Pasolini, de Sade, de Marcial, de Quevedo e de Bocage. Assim, ecoando também algo de Charles Baudelaire, de François Villon e de Rabelais, o poeta Nivaldo G. apresenta Anomalia , sua primeira dicção poética visceral, iconoclasta e profana, sem complacência para com o sagrado. O poeta prudentino se impõe como um daqueles casos isolados (por exemplo, Lautréamont, na França, Nietzsche, na Alemanha, Augusto dos Anjos e Gregório de Matos, no Brasil.), a que ouvidos mais “delicados” e sensibilizados, mais “refinados” nunca suportarão. Os poemas que compõem o livro são difíceis de ser ingeridos por quebrarem os mitos litúrgicos ao profanar os conceitos de bem, de mal e de virtudes, sem eufemismo, que oprimem a sociedade em geral e, aos quais, se submete num próprio ato corajo

Uma applicabilidade practica da philosophia buddhista

Glauco Mattoso*             [1] Como todo poeta satyrico que se preza, costumo prophanar e phantasiar quaesquer themas, abbordados em quaesquer vehiculos, mas agora quero fallar a serio sobre um assumpto de interesse geral que, technicamente, interessa aos cegos em particular. Tracta-se da MASSOTHERAPIA PODIATRICA, que tambem pode ser chamada de REFLEXOLOGIA PLANTAR. O scientificismo das terminologias não é sufficiente para a comprehensão dos aspectos mais psychologicos, ou antes, espirituaes do nosso campo de estudo. Comtudo, cumpre destrinchar alguns conceitos. A noção "therapeutica" associada à massagem está commummente restricta aos effeitos physiologicos do tractamento. Nesse sentido, o etymologismo grego IATRO reforça a idéa physica da medicina, como em IATROPHOBIA (medo de ir ao medico) ou em PEDIATRIA (medicina infantil); quanto à PODIATRIA (onde o etymologismo é PODO e não PEDO), não se confunde com a idéa de pedicure ou de orth