Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2015

Soller e o arquipélago

Capa de Alberto Deodato da Silva O autor mistifica os personagens e o mundo em que eles vivem, como também, a própria linguagem por eles utilizada                          As crônicas de Grilo Falante – 60 Anos de Estórias e Humor , (204 páginas, 1ª. Edição, Oeste Notícias Gráfica e Editora Ltda, Presidente Prudente, São Paulo, 2004) de Geraldo Soller, em realidade, acumulam uma série de chistes, que apresentam flashes do cotidiano que chegam ao extremo como anedotas. Desse modo, cria-se uma dimensão do real no qual o lugar-comum e a impotência do indivíduo (que vive destes mesmos lugares-comuns) acabam por criar uma imagem de um universo atípico, carente de heróis e de qualquer solução que salve o homem do marasmo do cotidiano. Em síntese, Geraldo Soller aborda, nas entrelinhas, uma sociedade que exige do indivíduo o cumprimento de uma série de normas em nome do bem-comum, para que ele faça jus a seu status de cidadão. Contudo, como verificamos

Clipe Zen relaxante para o verão!

            Um kamiquase haicai, onde utilizo como referências as filosofias do Zen, do Taoísmo e, ao mesmo tempo, uma homenagem aos meus avós João Takakishi e Hissako Shirassu, à Matsuo Bashô, mestre do hai-kai e ao escritor, novelista e poeta Yukio Mishima. Meditação Acerto a flecha no calcanhar daquilo. A arte da pena é de mestre, pela precisão do tiro. Quem sabe fosse um discípulo de Arquimedes. Autor de cinco livros, entre os gêneros, poesia, crônica, artigo e ensaio. Link para acesso no You Tube: http://youtu.be/ezHSV75fvcE Conheça mais sobre a APE, clicando no link de acesso, logo abaixo: http://informape.wix.com/ape1516

Lançamento de filme

Cartaz de divulgação             Agradeço ao Centro Cultural de Brasília, pelo convite para o lançamento do filme "Parto para Liberdade - Uma Breve História de Pedro Aleixo", do diretor Jesus Chediak, hoje, 23 de janeiro, às 20 horas, no Setor de Grandes Áreas Norte (SGAN), Avenida L 2 Norte, Quadra 601, Módulo B (ao lado do SERPRO). CENTRO CULTURAL DE BRASÍLIA Setor de Grandes Áreas Norte (SGAN) Avenida L 2 Norte, Quadra 601, Modulo B ( Ao lado do SERPRO) Dia 23 de janeiro de 2015 (sexta-feira) Horário: às 20 horas  Telefone: 55-61-3426-0400 Fax: 55-61-3426-0445 E-mail: brandialeixo@ccbnet.org.br Mapa do meu endereço: <https://maps.google.com.br/maps?q=Centro+Cultural+de+Bras%C3%ADlia&hl=pt-BR&ie=UTF8&ll=-15.785853,-47.872496&spn=0.032335,0.036049&sll=-15.790478,-47.868419&sspn=0.032335,0.036049&hq=Centro+Cultural+de+Bras%C3%ADlia&t=m&z=15>.

Inédito até quando?

“Quem escreve quer ser amado” Roland Barthes             Produzir na medida de sua transpiração e ritmo pessoal, com rendimentos suficientes para assegurar um padrão de vida digno, sempre foi o sonho acalentado por todo escritor. No Brasil, a maioria deles ainda enfrenta uma dura rotina de escrever nas horas vagas, no tempo que sobra no trabalho, nas redações de jornais, agências publicitárias, órgãos públicos, etc. Volta e meia chegam e-mails de leitores pedindo informações sobre editoras que se interessam por novos autores, sobre o que fazer com tantos poemas, novelas e romances guardados em casa. Onde publicá-los? Estes pedidos são o testemunho da carência de um plano municipal de cultura, enfim um escoadouro para a produção literária.             Outros escritores preferem correr o risco de não ver os seus livros editados a abdicar de suas exigências, por terem sido caloteados por editoras e hoje só assinam contratos com acertos trimestrais e

Sarau "No Beco com os Amigos"

Beco do Aprendiz de Klauss Schramm “Que importa a paisagem, a Glória, a baia, a linha do horizonte? – O que eu vejo é o beco.” Manuel Bandeira             De apenas dois versos, sem o rigor do dístico latino, cheio de elipses mentais, o Poema do Beco , de Manuel Bandeira, é uma das mais simples declarações a respeito da importância do posto de observação do poeta, da sua condição essencial de olhar, da sua valoração peculiar despendida às coisas olhadas. Para Bandeira, o seu ponto de vista, ainda que não corresponda absolutamente às imagens de cartão postal, mesmo que se resuma à circunstância estreita, lodosa e pardacenta do beco, é o que lhe preenche, o que significa, o que lhe permite ver, criar, transcender poeticamente o espaço, descobrir amplidão na estreiteza, riqueza na banalidade, erudição no saber popular.             Na poesia bandeiriana, o sujeito – e o olhar – fazem-se amplos, na preconizada estreiteza e obliquidade do b

Blog promove a literatura prudentina

Informativo pretende aproximar escritores e leitores             O blog ape1516 da Associação Prudentina de Escritores (APE) irá possibilitar ao público um olhar aprofundado e crítico sobre a produção literária contemporânea de Presidente Prudente. Premiados poetas e escritores, com propostas de estilo e linguagem diferenciadas, oferecem um panorama das inquietações e pesquisas, entre as quais, a semiótica, praticadas em suas produções literárias. O público leitor dos textos apresentados no site ape1516 terá, após conhecê-los, uma sensação de novo enfoque e descoberta do universo particular e as tendências, a exemplo da poesia prosa, as eliminações da rima, do eufemismo e as intensidades (cargas) dramáticas e psicológicas que pautam os criadores; como resultado, um intercâmbio privilegiado como o melhor da literatura da cidade.             No item Top “Aqui está o Livro Favorito de 2014” - Crítica/Romance, o escritor, cronista e poeta Rubens Shirassu J

O pedido do Bruno

Ilustração de Rubens Shirassu Júnior             Corpo bem modelado por natureza, só conhecia o seu bom humor um círculo restrito de amigos leais e escolhidos a dedo por ele. Voz firme, arranhada e seca pelo excesso de nicotina dos cigarros que fumou ao compor os títulos e montando as páginas até altas horas da madrugada nas oficinas dos jornais. Após sair do trabalho, corrido e exaustivo, batia ponto no bar Roda Viva (hoje, extinto) na Avenida Coronel José Soares Marcondes, entre outros. O velho Bruno, como era carinhosamente chamado pelos poucos amigos, um típico boêmio romântico inveterado dos anos 40, 50 e 60, em razão do nome de seu pai.             Contar causos, fatos dos meios gráfico, jornalístico, social e político era mais de uma das manias cotidianas e noturnas. Isto, após a longa jornada dentro das oficinas dos jornais. Além das composições como Ronda, de Paulo Vanzolini, Conversa de Botequim e Último Desejo, ambas de Noel Rosa e