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Mostrando postagens de julho, 2012

Carta de agradecimento

Presidente Prudente, terça-feira, 31 de julho de 2012. À egrégia Câmara Municipal de Presidente Prudente. Estou eternamente grato e honrado pela aprovação unânime do Requerimento Nº 11238/15, na Sessão Ordinária de 4 de junho de 2012, congratulando-me pelo lançamento do livro “Cobra de Vidro.” A iniciativa da ilustre vereadora Alba Lucena Fernandes Gandia constitui um importante incentivo para que eu prossiga nas atividades literárias, além de divulgar o nome de Presidente Prudente em outros Estados e países. Renovo, portanto, os mais sinceros agradecimentos a todos os ilustres membros dessa Casa Legislativa, com ênfase à autora da honrosa homenagem Alba Lucena Fernandes Gandia. Muito obrigado! Rubens Shirassu Júnior

O chamado na selva de concreto II

Enter the Hell de Alexius Nos muros, aranhas teciam tempo e medo, fisgando teu olhar cósmico, cabo raso que a maré agasalha. A leste da Estrela a flor celeste tornou-se hera, o tempo das águas gastou-se na espera e do grito selvagem da furna adiada do voo do vento crestou-se a ramagem. Ah, o poeta uiva e chora a lua, as galerias das trevas. Vazio requiem para lentes prudentes city blues, onde as massas elevam idiotas em heróis ricos e políticos radioativos comerão a carne das massas radioativas que esperam o próximo capítulo do apocalipse profetizado pelos pastores de almas leigas, trincheiras de ingênuos cegos, misturados ao lixo reciclável e apodrecido, a carniça fede na alta noite negra, e lá estará o sol bonito escondido, num silêncio nunca ouvido. Um grito que se espalha por entre os seres subterrâneos da terra, no compasso da Bossa Nova Havaiana desconcerto de arranha-céus para esfinge de cimento e concreto em solo de explodir cabeças, desespero no olhar cego de fulige

Por que escrevo?

Uma homenagem ao Dia do Escritor "Meu ponto de partida é sempre um sentimento de proselitismo, uma sensação de injustiça. Quando sento para escrever um livro, não digo a mim mesmo: ‘Vou produzir uma obra de arte’. Escrevo porque existe uma mentira que pretendo expor, um fato para o qual pretendo chamar a atenção, e minha preocupação inicial é atingir um público. Mas não conseguiria escrever um livro, nem um longo artigo para uma revista, se não fosse também uma experiência estética. Quem se dispuser a examinar meu trabalho perceberá que, mesmo quando é uma clara propaganda, contém muito do que um político de tempo integral consideraria irrelevante. Não sou capaz de abandonar por completo a visão de mundo que adquiri na infância, nem quero. Enquanto viver e estiver com saúde, continuarei a ter um forte apego ao estilo da prosa, a amar a superfície da Terra, a sentir prazer com objetos sólidos e fragmentos de informações inúteis. De nada adianta tentar reprimir esse meu la

Crônica premiada

O escritor Plínio César Giannasi               De dois em dois anos, a Secretaria de Estado da Cultura realiza o concurso Mapa Cultural Paulista e Abaçaí Cultura e Arte, no intuito de identificar, valorizar e promover o intercâmbio da produção cultural no Estado de São Paulo.          Na edição de 2011/2012, foram consideradas sete expressões artísticas: Artes Visuais, Vídeo, Canto Coral, Música Instrumental, Teatro, Dança, além da Literatura que compreende os gêneros poema, conto e crônica. Para a realização do evento, a Secretaria de Estado da Cultura conta com a parceria das prefeituras, que ficam responsáveis pela execução do projeto nas cidades. A última fase regional realizou-se em Presidente Venceslau, na região oeste do Estado.          Passadas as duas fases, os selecionados participaram da seletiva estadual realizada em São Paulo, no dia 25 de junho último, e o escritor Plínio César Giannasi, de Presidente Prudente, teve a crônica “Um jantar para Machado, s

O chamado na selva de concreto

“ A vida te pertence. Os alvoroços, as iras e entusiasmos, que cultivas são as rosas do tempo, inquietas, vivas.” Carlos Drummond de Andrade A flor azul é a essência do teu relicário Ela guarda a meta - vaga seta, retas, rotas nas asas do gavião verde, nas mãos, a maleta de bagagem, lotada de histórias com partidas, entre lágrimas, risos de surpresas, flash de alegrias, momentos de desatino, para o andarilho e seu sobretudo das decepções. Essa tal distância que tira a intimidade, encontros, desencontros, despedida das lentes prudentes city blues, sonora garoa da saudade e tristeza, do andarilho solitário, cansado dos perigos da vida de viajante no caminho com nuvens no sapato, Seja o rio que deflui, estalando em fúria, mar adentro das marcas dos sapatos, dos vitrais, você ensaiou a Estrela, das flores inventou Orientes. Os seus pés calçados ritmando o som nas folhas que desenham brumas de inverno, galochas de verde absinto na estrada amarela desidra

Na batida da aventura Beat

Capa da 1ª edição de On The Road “O coração é um viajante solitário” Jack Kerouac             Estamos em tempos da moda retrô. A indústria consumista multipadronizada de nosso País, seus marketeiros e estilistas chegaram ao limite da moda, e o jeito foi retornar ao começo do sonho, aos anos 50. Toda essa alta rotatividade embebedada no solo de sax de Charlie Parker, no rock´n´roll flexivo de Little Richard, Chuck Berry, Elvis Presley e Bill Halley and his Comets. Isto mais garotas, jazz, sexo, a onda de cabelos penteados para trás com um topete na frente e brilhantina, jaquetas pretas, motos, óculos escuros, calça jeans rente ao corpo e carros superadaptados vemos num romance clássico do movimento Beatnik, On The Road (Pé na Estrada) de Jack Kerouac. Esse escritor e poeta místico escandalizou as normas da sociedade na época, pelo seu trabalho repleto de gírias e modos nada convencionais.             A tradução foi encarregada a Antonio Bivar e Ricardo Bueno num trabalho

Apelação e Histerismo

“a fome não afeta os brasileiros, porque “comemos uns aos outros e isto nos satisfaz”. Tatyana Tolstaya, escritora russa         Os moradores da Zona Norte de Presidente Prudente estão estressados e indignados com a poluição sonora provocada por algumas igrejas pentecostais, em torno de 11 no Parque São Judas Tadeu.        O alto volume das caixas de som entrecortado por gritos, choros e orações de forma desesperada, mescla-se com a batida de vassouras e pedaços de pau nas paredes. Fica difícil traduzir o que seria isto: um espetáculo com doses exageradas de Espiritismo, louvor, evangelização, testemunhos de milagres e autoajuda?         Esses fiéis seguidores estão infringindo, primeiramente, a lei do silêncio, perturbando o sossego das famílias que residem nas proximidades. Eles impõem que as pessoas ouçam seus gritos estridentes e histéricos, como forma de despertar a curiosidade para que venham a visitar e, automaticamente, tornarem-se frequentadores assíduos de seus cul

Rubens Shirassu, "Cidadão Prudentino"

Foto de Altino Correia Ele viveu o auge da “Era do Rádio”, nos anos 40 e 50, quando havia boa aceitação dos anunciantes e do público em geral Numa noite agradável, da última sexta-feira (06.07), às 20h15, o jornalista, radialista e publicitário Rubens Shirassu reuniu familiares, parentes, amigos e colegas de profissão. Na abertura do evento, Alba Lucena Gandia, presidente da Câmara de Presidente Prudente pediu para compor a mesa Izaque Silva, vereador e autor da proposta, Nico Rena, vereador, o homenageado e sua nora Ellen Vargas Aglio, podóloga, massoterapeuta e acupunturista, Neif Taiar, jornalista e incentivador da proposta, José Rubens Shirassu, filho do homenageado, jornalista, revisor de textos, escritor e poeta, Nilton Mescoloti, empresário e radialista, Wilson Portella, assessor parlamentar representando o deputado estadual Mauro Bragato e Telma Mendes, representando Sueli de Castro, atual Secretária Municipal de Cultura da cidade. Estavam presentes ainda Ipo Wat

Resenha sobre prudentino na capital

Metade da primeira página do jornal literário Rubens Shirassu Júnior, escritor e poeta, está em destaque na primeira página do jornal literário Linguagem Viva, número 266, de São Paulo. Na resenha “ Para Uma Compreensão Dialética da Realidade” , de Ronaldo Cagiano, recentemente indicado ao prêmio Portugal Telecom, o crítico literário discorre sobre as principais características do autor prudentino: “com muita lucidez, traça um amplo e multifacetado painel da contemporaneidade contaminada pelo poder, tão degradada, aviltada e confusa, perdida e dividida entre a retórica de uma pretensa modernidade e os modos de agir e sentir do medievalismo e da barbárie. Ao descortinar os escombros desse mondo cane , alerta-nos para o terrível enfrentamento da herança dessa época em que a memória e a identidade vivem suas crises e que, por culpa e obra de suas contingências, como diz Nietzsche , “distanciamo-nos cada vez mais de nossa origem”. Em contraste com o atual momento, em que experiment